Professora Eni Corrêa

30 06 2010

Pioneira na dança no Estado do Pará. Fundadora e diretora por mais de uma década do Grupo Coreográfico da UFPA. Conheça mais desse ilustre nome da dança paraense:

Gravação do programa no Teatro Universitário Cláudio Barradas(Jerônimo Pimentel com D. Romualdo de Seixas), dia 01/07, às 19h. Entrada Franca





Para não esquecer

30 06 2010

Segunda edição do Projeto Ribalta resgata a memória da dança no Pará

Nos anos 70, a arte paraense já apresentava um grande desenvolvimento com relação ao cenário nacional e internacional. As artes cênicas traziam inovações teóricas e técnicas, o que possibilitou, posteriormente, a criação das escolas de Dança e Teatro no Estado. Todo esse percurso é revivido na segunda edição do Projeto Ribalta, que acontecerá no dia 1º de julho, às 19h, no Teatro Universitário Cláudio Barradas.

Iniciativa do Teatro Universitário Cláudio Barradas e Instituto de Ciências da Arte (ICA) /UFPA, em parceria com a Academia Amazônia e Faculdade de Comunicação da UFPA e com apoio da Pró -Reitoria de Extensão(Proex), o projeto consiste na gravação de diversos programas semelhantes a um programa de TV, em que uma figura importante para as artes cênicas é entrevistada por outras personalidades da área. A platéia também tem a possibilidade de participar, fazendo perguntas e interagindo com o convidado.

O projeto tem como objetivo documentar e preservar a memória do teatro e da dança na Amazônia, uma região pouco reconhecida pela sua produção nessa área. “Belém já teve várias realizações importantes, fomos vanguarda em muitas coisas, mas parece que é só no sudeste/sul do país que as coisas acontecem e que aqui apenas repetimos o que é feito lá.”, afirma a idealizadora do projeto, a diretora Margaret Refkalefsky.

O resultado final do programa será a gravação de um DVD com o programa, além de extras como depoimentos de outras personalidades da dança, fotos e recortes históricos de jornais, entre outros. Esse material se constituirá como importante fonte de pesquisa para estudantes e professores tanto do campo artístico, quanto comunicacional. “A Universidade tem o compromisso com a comunidade, é um serviço público. Dessa forma, ela tem que desenvolver projetos a partir do Teatro Universitário, como oficinas, programas e festivais para não ser um simples teatro, mas um teatro que colabora com a criação e divulgação do conhecimento das artes cênicas.”, explica a diretora.

Eni Corrêa, pioneirismo na dança

A entrevistada desta edição é a professora Eni Corrêa, grande nome da dança, fundadora e diretora por mais de uma década do Grupo Coreográfico da UFPA. A professora será entrevistada por outros nomes ilustres da área: Beth Gomes, Roberta Rezende, Sonia Massoud e Waldete Brito. Primeira edição: memória do teatro com Cláudio Barradas O projeto estreou com a gravação, em janeiro, da memória audiovisual do teatro paraense. O homenageado foi professor Cláudio Barradas, grande nome do teatro no Pará, ator, professor e responsável por criar e dirigir diversos grupos, trazendo contribuições teóricas, estéticas e práticas na forma do fazer teatral paraense.

  • Serviço:

1/07, às19h.

Teatro Universitário Cláudio Barradas – Rua Jerônimo

Pimentel, 546 (Esquina com a Dom Romualdo de Seixas). Entrada Franca. Para

mais informações: (91) 3249-0373 (horário: 14h às 21h)

Texto: Caroline Soares – Assessoria de Comunicação do TUCB

Arte gráfica : Edmir Amanajás





Mudança na programação

24 06 2010

Devido ao jogo do Brasil amanhã(25/06) pela Copa do Mundo, ocorreram algumas mudanças na programação da Mostra de Pássaros Juninos. Confira:

  • 22.06

Cordão de Bicho Bacu (Icoaraci)

Cordão de Pássaro Aritauá (Acará)

  • 23.06

Cordão de Pássaro Guará (Icoaraci)

Pássaro Junino Bem-Te-Vi (Belém)

  • 24.06

Cordão de Pássaro Bem-Te-Vi (Outeiro)

Cordão de Pássaro Pipira da Água Boa (Outeiro)

  • 26.06

Pássaro Junino Ararajuba (Mosqueiro)

Cordão de Pássaro Tem-Tem (Mosqueiro)

Cordão de Bicho Leão Dourado

  • 27.06

Cordão de Pássaro Tem-Tem (Outeiro)

Pássaro Junino Tucano

Pássaro Junino Pavão (Icoaraci)

  • 28.06

Cordão de Pássaro Bigodinho da Brasília (Outeiro)

Pássaro Junino Uirapuru (Umarizal)

  • 29.06

Cordão de Bicho Oncinha (Icoaraci)

Pássaro Junino Rouxinol (Pedreira)

Lembre-se, a entrada é franca e todos estão convidados!





1ª Mostra de Pássaros Juninos do Teatro Cláudio Barradas

23 06 2010





Pássaros lutam por reconhecimento

18 06 2010

Por Felipe Cortez, estudante de jornalismo e brincante de pássaro junino

Foto: grupo Tucano/ Divulgação

Para Iracema, guardiã do Tucano, o Teatro de Pássaro Junino, que também é conhecido como Teatro Melodrama Fantasia, carece de atenção não apenas das autoridades, mas do paraense de um modo geral, que pouco conhece a respeito das culturas populares locais. “O Pássaro precisa ser olhado, ser apresentado, ser amado, porque ele é único, só tem aqui, é um orgulho do Pará. Mas para ele ser amado, ele precisa ser conhecido. Por isso, convidamos toda a sociedade a participar da festa que não apenas é a temporada do Pássaro Tucano, mas das apresentações dos mais de vinte que estarão voando sobre Belém em junho”. E Ester Sá, que vive pelo terceiro ano a folia do Tucano, diz que espera poder escrever novos textos para o grupo de teatro junino, mas, também, incentivar os demais brincantes a fazer o mesmo. “O Pássaro Tucano tem uma turma muito jovem e talentosa, que tem tudo para fazer perdurar esta tradição muitos e muitos anos, a continuar a atravessar gerações”.

O grupo também convida todos a conhecer o recém aprovado Ponto de Cultura Heranças do Velho Chico, no bairro do Telégrafo, onde a comunidade de brincantes realiza os ensaios. “Ao longo de 2010 realizaremos oficinas de artesanato, dança, interpretação, audiovisual, entre outras atividades, e convidamos a comunidade a ocupar este que sempre foi um ponto de cultura, ainda que pouco conhecido”, declara Iracema Oliveira. O espaço homenageia Francisco Oliveira, mestre da cultura paraense, pai de Iracema, Guaracy e Raimunda, as irmãs Oliveira, todas guardiãs do Pássaro.

Os próximos pontos de pouso onde o Pássaro Tucano vai realizar suas apresentações serão a comunidade Imperial (dia 20, às 18h), no Jurunas, os teatros Gasômetro e Cláudio Barradas (ambas as apresentações no dia 27, às 18h e 20h, respectivamente), e, em um último pouso antes de retornar às matas, o Ponto de Cultura Heranças do Velho Chico, dia 3 de julho





Uma revoada de pássaros originalmente paraense

17 06 2010

Por Phillippe Sendas – Estudante de Comunicação Social da UFPA

Foto: IAP

O dia era 13 de fevereiro de 1878. O suntuoso Teatro Nossa Senhora da Paz, construído em estilo neoclássico, fora inaugurado com o objetivo de entreter as abastadas famílias da aspirada “francesinha do Norte”, do intendente Antônio Lemos. Encenado pela Companhia de Vicente Pontes de Oliveira, o primeiro espetáculo apresentado no teatro foi “As Duas Órfãs”, do dramaturgo e romancista francês Adolphe d’Ennery. O final do século XIX e o início do século XX, marcam um período de intensa modernização da Santa Maria de Belém do Grão-Pará, denominado Belle-Époque.

A remodelação urbana, a mudança de hábitos e costumes, e uma política de embelezamento inspirada nas cidades européias, com destaque para Paris, só foi possível porque a capital paraense contava com os subsídios provindos da economia da borracha, e, também, era o principal ponto de escoamento do produto para o mercado externo. A professora do Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia, da Universidade Federal do Pará, Maria de Nazaré Sarges, aborda essa temática com propriedade em seus estudos já desenvolvidos.

Esse percurso histórico foi traçado para contextualizar o surgimento de uma das manifestações culturais mais originais do estado do Pará: os Pássaros Juninos. Definido por muitos como uma “opereta popular contemporânea”, os pássaros surgiram no final do século XIX inspirados nas características das apresentações de companhias artísticas do Teatro da Paz. No primeiro ano de existência do teatro, entre fevereiro e dezembro de 1878, estima-se que foram apresentados 126 espetáculos, principalmente, aqueles de companhias vindas de Portugal, da França e do Rio de Janeiro. O público era formado por uma nova elite paraense composta de seringalistas, financistas e comerciantes. Em contrapartida, as classes menos favorecidas, que não tinham acesso a esses espetáculos, criaram os grupos de pássaros, numa manifestação que envolve música, teatro, dança e literatura e é apresentada nos festejos juninos até hoje.

“O pássaro junino se configura como uma criação de inspiração popular tão bela e tão complexa que, no meu entender, é a maior contribuição da cultura paraense para a cultura junina nacional”, afirma o poeta, professor e estudioso do imaginário amazônico, João de Jesus Paes Loureiro. Atualmente, segundo o Instituto de Artes do Pará (IAP), na Região Metropolitana de Belém existem 18 grupos de pássaros. O Rouxinol, do bairro da Pedreira, por exemplo, conta com 104 anos de existência. Além desse, há também os pássaros Uirapuru, Tucano, Papagaio Real, Sabiá, Pavão, Beija-Flor, Tangará, Bem-Te-Vi, Ararajuba, Tem-Tem e outros.

Os grupos de pássaros possuem um administrador ou gerenciador chamado de “guardião”. Marilza Tavares, 36 anos, guardiã há seis anos do pássaro Tem-Tem, do bairro do Guamá, resume que o mais gratificante no trabalho é “olhar para trás e ver tudo lindo e todo mundo com aquele sentimento no coração mostrando para o povo o que é a cultura, o que é o pássaro junino”, se referindo às apresentações do grupo que é formado por 60 pessoas. No entanto, a guardiã reforça a sua crítica para os nossos governantes que, segundo ela, precisam valorizar mais as manifestações culturais do estado.

Em 1965, o primeiro periódico científico brasileiro do campo das ciências da Comunicação, a revista Comunicações & Problemas, publicou na sua edição inaugural um artigo sobre os pioneiros estudos da “folkcomunicação”, uma autoria de Luiz Beltrão, o primeiro doutor em Comunicação do Brasil. Segundo Luiz Beltrão, a “folkcomunicação é o processo de intercâmbio de informações e manifestações de opiniões, idéias e atitudes de massa através de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao folclore”. Com a expansão dos estudos dessa teoria, surgiram outros direcionamentos de pesquisa como o foco na relação entre as manifestações da cultura popular e a comunicação de massa. Desse modo, a manifestação expressa por meio dos Pássaros Juninos se ajusta aos estudos desenvolvidos por Beltrão, já que os grupos surgiram por iniciativa, principalmente, de moradores de regiões periféricas que se caracterizavam pelo reduzido poder aquisitivo devido à baixa renda.

Carlos Alberto Barbosa, 61 anos, guardião há 12 anos do pássaro Uirapuru, dos bairros do Umarizal e da Pedreira, acredita que as apresentações do grupo, parcialmente, são uma forma de comunicação entre a comunidade e o restante da sociedade, tanto que os personagens da peça conhecidos como “matutos” utilizam da comédia para inserir o contexto social atual nas apresentações, como, por exemplo, as questões relacionadas ao saneamento básico da comunidade. Paes Loureiro, identificando os Pássaros Juninos como uma forma de teatro, arte e cultura popular, afirma que o contato entre as comunidades e a sociedade por meio das apresentações é feito “por via da sensibilidade, por via da emoção estética” em um processo de comunicação popular.

Apesar da redução do número de grupos, os Pássaros Juninos estão resistindo, mesmo com tantas dificuldades. Além das restrições financeiras, muitos deles sofrem com a evasão de pessoas que não se interessam mais em participar dos ensaios e das apresentações. Há a tentativa por parte de muitos guardiões de desenvolver, não só no mês dos festejos juninos, mas durante o ano todo, um trabalho social nos bairros e comunidades onde os grupos estão localizados. Cabe a sociedade e ao poder público a difícil tarefa de impedir que essa manifestação cultural genuinamente paraense desapareça.

  • Reportagem produzida para o Jornal Laboratório “Entre Vistas”, da disciplina Laboratório de Jornalismo Impreso II.




O Teatro dos Pássaros Juninos

16 06 2010

O Teatro Cláudio Barradas recebe a partir da próxima semana vários grupos de Teatro Popular paraense chamados de “Pássaros Juninos”. Para o leitor conhecer mais dessa singular manifestação artística, o blog publicará diversos textos e imagens sobre esses grupos, convidando o público a experimentar o melhor da cultura regional do mês de junho.

Foto: Grupo Tucano/ Divulgação

O que é?

O Pássaro Junino é uma forma de Teatro Popular, um teatro sui generis (único), organizado em quadros, contendo uma estrutura de base musical. Os Pássaros Juninos de Belém constituem uma das mais criativas manifestações da cultura popular do Pará e se inserem no calendário dos folguedos juninos. É uma manifestação típica do estado, nascida na cultura local e criada por seus artistas populares. Ele tem sua origem no século XIX, precisamente por volta de 1877, época também da inauguração do Teatro da Nossa Senhora da Paz, mais tarde simplificado para Teatro da Paz.

Cordões de Pássaros e Bichos e Pássaros Juninos.

Os espetáculos são denominados de Cordão de Pássaros e Bichos, Pássaro Junino ou Joanino. Este último também com a denominação de Pássaro Melodrama Fantasia. Suas apresentações são realizadas durante as festividades do mês de junho, quando são festejados os populares santos da época: Santo Antônio, São João,São Pedro e São Marçal.

Os cordões de pássaros têm como característica a permanência em cena da maioria dos brincantes, colocados em semicírculo, onde no centro desenvolvem-se todas as cenas. Os brincantes, na hora de suas cenas, dirigem-se ao centro do palco, voltando, em seguida para as suas posições de origem.

Já o pássaro junino ou pássaro melodrama fantasia, requer espaço mais apropriado, com palco, camarim e cortina. Os brincantes, durante as apresentações fazem várias trocas de roupas. As cortinas são utilizadas para a finalização de cenas e quadros. Assim, se temos uma cena da maloca e em seguida o bailado, o ato de abrir e fechar a cortina faz a separação imaginária dos ambientes, muitas vezes acompanhado do comentário de um narrador. Antigamente, tinha como cenário painés pintados, simbolizam o Panorama Amazônico. Atualmente, não existem mais esses painéis.

Nos cordões de pássaros, a história gira em torno de um pássaro que é ferido ou morto por um caçador. Este é perseguido e levado à presença do dono do pássaro, que promete uma punição caso o caçador não consiga curar ou ressucitar o pássaro.Neste momento, temos a presença do médico ou do pajé, que consegue salvar a ave, dando vida a todos do cordão.

Nos pássaros juninos, diferente dos cordões, o pássaro raramente é ferido ou morto, mas é perseguido, passando muitas vezes a fazer parte de temas secundários. A história gira em torno da vida de nobres, na qual sempre há um vilão que arquiteta contra os mais fracos. Estes, com a ajuda dos personagens índios, matutos e outros, conseguem vencer o tirano.

(Adaptado de CHARONE, Olinda. Pássaros e Bichos Juninos – Históricos e Enredos. Cardenos IAP,21. Belém, 2008.)

Continua…





Espetáculos discutem nascimento de Jesus e natureza humana

11 06 2010

Texto: Caroline Soares *

Fotos: Divulgação

Um homem e uma mulher prestes a dar a luz encontram abrigo em uma manjedoura. Esse homem se chama José e a mulher, Maria. A história é mais do que conhecida: o nascimento de Jesus, comemorado dia 25 de dezembro no ocidente. Mas, e se essa mesma história fosse recontada a partir de outra perspectiva?

É esse o objetivo da Companhia Nós Outros ao trazer a peça teatral O Glorioso auto do nascimento do Cristo-Rei – Sêxtuplo, dia 18/06 no Teatro Universitário Cláudio Barradas. Independente de qualquer ideologia ou crença,  a história dessa vez não é contada por um narrador onipresente e desconhecido, mas pelo próprio Diabo. Assumindo sua natureza de Tentador, ele parte na tentativa de impedir o nascimento do Menino Jesus, da Anunciação até seu confronto final com Gabriel, Arcanjo do Senhor.

  • E por que sêxtuplo?

“Sêxtuplo é tudo aquilo que é seis vezes maior que o outro. Seis é a harmonia. O equilíbrio entre a matéria e o espírito, entre a estética e a sensibilidade. Seis representa a justiça, a beleza, o amor e a família. Sêxtuplo é a sexta edição de O Glorioso auto do nascimento do Cristo-Rei”

A Companhia trás além desse, um outro espetáculo para o Teatro Universitário.  Exercício Nº 01: O Homem do Princípio ao Fim motivado  pela pergunta  “Mas o que é o homem que ainda não conseguiram decifrá-lo?”, feita por Millôr Fernandes.

Mesclando o texto original com os sentimentos, sensações e impressões de quatro atores,nasceu um trabalho que fala do ser humano desde sua origem mítica até seu suposto final, passando por sentimentos tão díspares e complementares quanto amor e ódio, medo, vingança, solidão, paixão, a alegria e a saudade. Poucas vezes estivemos tão perto de nós mesmos e daqueles que nos observam, numa ousadia compensada pela cumplicidade de quem nos assiste e se identifica conosco. Consigo mesmo.

Este espetáculo é resultado do projeto permanente de formação e pesquisa em artes promovido por esta companhia, coordenada por Adriano Barroso e em parceria com diversos profissionais de artes cênicas em Belém, tais como Aílson Braga, Henrique da Paz, Aníbal Pacha, Miguel Santa Brígida, entre outros.

  • Workshop

Para finalizar, a Companhia trás no dia 20/06 o Workshop  Trabalho do ator em cena, ministrado por Adriano Barroso. O objetivo desta atividade é divulgar o programa permanente de formação de atores iniciado em 2007 pela companhia e que tem contribuído para o aprendizado no fazer teatral, estudo de suas diversas escolas, linguagens, etc.

O workshop será constituído inicialmente de uma preparação corporal, com exercícios de alongamento, aquecimento e dança, seguido de jogos teatrais, de improvisação, exercícios vocais e de interpretação. É necessário o uso de roupas adequadas à prática de exercícios físicos. Os participantes ainda poderão aproveitar um coffe break produzido pela Companhia Nós Outros.

  • Serviço

O glorioso auto do nascimento do cristo-rei – sêxtuplo – 18/06, às 20h. Ingresso : R$20(inteira) e R$10(meia p/ estudantes e artistas).

Exercício n° 1 : o homem do princípio ao fim – 19/06, às 20h. Ingresso : R$20(inteira) e R$10(meia p/ estudantes e artistas).

Workshop : O trabalho do ator em cena – 20/06, das 9h às 13h.Ingresso : R$20(inteira) e R$10(meia p/ estudantes e artistas).

Ingressos antecipados até o dia 15/06 recebem 50% de desconto.

* Com informações da produção da companhia.





Projeto apresenta três espetáculos no palco do TUCB

7 06 2010

Texto: Caroline Soares *

Fotos: João Roberto Simioni

Resultado da pesquisa do ator paulista Eduardo Okamoto, o projeto “10 anos por uma escrita do corpo”, resume uma década de estudo sobre a criação teatral fundada na organização de repertórios físicos e vocais do atuante. O evento acontecerá em cinco cidades do país : Belém, Natal, Goiânia, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em Belém, entre oficinas e outras atividades,  o projeto inclui a apresentação das peças “Agora é à hora de nossa hora”, ” Uma estória abensonhada”  e “Eldorado” no Teatro Universitário Cláudio Barradas.

O espetáculo “Agora é a hora de nossa hora”  foi desenvolvido a partir da contribuição do ator para o projeto “Gepeto” – uma parceria da ONG ACADEC (Ação Artística para o Desenvolvimento Comunitário) e o CRAISA (Centro de Referência em Atenção Integral à Saúde do Adolescente)-  em que crianças e adolescentes de rua eram inseridos no mundo da arte. A pesquisa foi estendida para a coleta de depoimentos, ações, gestos e vozes, além de um estudo sobre a Chacina da Candelária.

Assim nasceu “Agora e na hora de nossa hora”, com direção de Verônica Fabrini, a peça já participou de grandes festivais de teatro do Brasil, como o Filo, do Paraná. O espetáculo ainda foi apresentado em outros países: Espanha, Suiça, Kosovo e Marrocos. Neste último, o ator recebeu o prêmio de Melhor Interpretação Masculina do Festival Internacional de Expressão Corporal, Teatro e Dança de Agadir.

Após o espetáculo, será lançado o livro “Hora de nossa hora: o menino de rua e o brinquedo circense” (Editora Hicitec, 2007). O livro de autoria de Okamoto sintetiza a sua experiência com os meninos de rua, assim como o processo que gerou o espetáculo.

Dois é bom

Além de “Agora e na hora de nossa hora”, a programação artística apresenta “Uma estória abensonhada”, em que Eduardo Okamoto dirige atores do Grupo Camaleão de Pesquisa em Teatro, do Rio Grande do Sul. O espetáculo adapta para a cena o conto “A praça dos deuses”, do escritor moçambicano Mia Couto. O processo de criação, assim como os solos de Eduardo Okamoto, contou também com um apurado trabalho de observação de pessoas reais.

Em cena, os atores contam a história do rico comerciante Mohamed Pangi Pathel que, em 1926, despende sua fortuna para festejar, em praça pública, o matrimonio de seu único filho. Festa igual nunca mais se veria naquelas paragens. Nos trinta dias de duração dos festejos, a ilha inteira vinha e se servia às arrotadas abundancias. Em final surpreendente, o ismaelita segreda-nos uma desculpa, revelando os motivos de tão inesperada celebração.

Três é bom demais

Novamente um solo de Okamoto, cujo processo criativo, dessa vez, foi fundado no estudo sobre a rabeca – instrumento de arco e cordas, presente em muitas manifestações de cultura popular no Brasil.

Em pesquisas de campo nas cidades de Iguape e Cananéia (litoral sul de São Paulo), o ator conheceu rabequeiros e seus construtores, recolheu causos, músicas, gestos, ações vocais, histórias etc. O premiado dramaturgo argentino Santiago Serrano partiu destes materiais primeiros para criar a fábula de um cego que, acompanhado por uma menina, busca o seu bom lugar: “Eldorado”. O espetáculo é dirigido por Marcelo Lazzaratto que, em sua concepção de encenação, emprega pouquíssimos recursos materiais, transferindo para o corpo do ator, para o uso da palavra e para a iluminação as tarefas de significação. Sobre o palco nu, destaca-se pela luz a presença de um homem cego que anda em círculos e imagina, cria, inventa realidades em busca do conhecimento.

“Eldorado” participou de alguns dos mais importantes eventos e festivais do país, entre os quais se destacam o Festival Internacional de Londrina, o Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, a Mostra Cena Contemporânea de Brasília e o Caxias em Cena, entre outros. Por sua atuação, Eduardo Okamoto foi indicado ao Prêmio Shell 2009, a mais prestigiosa premiação do país, na categoria de melhor ator.

    A programação foi contemplada pelo Prêmio Myriam Muniz de Teatro 2009 e, em Belém, conta com apoio do IAP, Teatro Cláudio Barradas, Escola de Teatro e Dança da UFPa e III Festival Territórios de Teatro. Conheça o restante da programação clicando aqui.

    • Serviço

    Agora e na hora de nossa hora – 7/06, às 19h (1ª sessão) e às 21h (2ª sessão). Espetáculo recomendado para maiores de 14 anos. Ingressos: R$5(meia para todos). Duração : 60 min.

    Uma estória abensonhada – 8/06, às 19h (1ª sessão) e às 21h (2ª sessão). Espetáculo com indicação etária livre. Ingressos R$5(meia para todos). Duração: 50 min.

    Eldorado – 9 e 10/06, às 19h.Espetáculo recomendado para maiores de 12 anos.Ingressos R$5 (meia para todos).

    * Com informações da produtora local, Cristina Costa e site http://www.eduardookamoto.com/





    Tributo ao Poeta

    2 06 2010

    “Desperdiçando o meu mel, devagarzinho, flor em flor entre os meus inimigos, beija-flor”. Se você reconhece esse trecho, certamente vai adorar o novo espetáculo que vai se apresentar no Teatro Cláudio Barradas.

    “Codinome: O poeta está vivo”, mais que um espetáculo de dança contemporânea, é um tributo aos 25 anos da morte de Cazuza. Com suas letras polêmicas e forte personalidade, o músico virou um símbolo eterno da juventude dos anos 80. Toda essa energia é revivida pela Cia Athletica de Dança e pela banda Tio Nelson, nos dias 4,5, e 6 de junho, às 20h.

    A trilha sonora será executada ao vivo pela banda, enquanto os bailarinos interpretam a homenagem ao jovem poeta. “Codinome: O poeta está vivo” trás consigo toda a irreverência e audácia de um histórico personagem, que fez da vida e da morte a sua própria obra. Imperdível!

    • Serviço:

    Dias 4,5 e 6/06, às 20h

    Teatro Universitário Cláudio Barradas

    Rua Jerônimo Pimentel, 546 (Esquina com a Dom Romualdo de Seixas)

    Ingresso : R$ 10,00 (inteira) e R$5,00(meia).

    Para mais informações : (91) 3249-0373 (horário: 14h as 21h)

    Texto: Caroline Soares – Assessoria TUCB